Profa.
Dra. Vera Lúcia Messias Fialho Capellini
Texto Produzido para o curso da Teia do Saber: Curso
inicial (2003).
Nenhum de nós pode fazer as
coisas mais importantes sozinho. A parceria e a colaboração são o caminho para
enfrentar todos os desafios.
Introdução
A
história mostra que a forma como a sociedade relaciona-se com as pessoas com
necessidades especiais está relacionada às conquistas dessa mesma sociedade.
Várias foram as concepções de deficiência que permearam o debate sobre esta
população dentro da sociedade e, principalmente, seu acesso à educação, sendo
que as atitudes sociais estão atreladas aos conceitos e atributos da saúde, da
doença e da deficiência.
A
Educação Especial percorreu então, segundo Aranha (2000) três paradigmas, o da
Institucionalização, o dos Serviços e o de Suportes, estando esse último
fundamentado técnico-cientificamente no conhecimento sobre os ganhos em
desenvolvimento pessoal e social provenientes da convivência na diversidade e,
sócio-politicamente, no princípio da igualdade, que aponta para a inclusão,
entendida como:
o
processo de garantia do acesso imediato e contínuo da pessoa com necessidades
especiais ao espaço comum da vida em sociedade, independentemente do tipo de
deficiência e do grau de comprometimento apresentado (ARANHA, 2000, p.13).
No
Brasil, sua origem foi basicamente em instituições, ilustrando um descaso da
educação pública voltada para as minorias, além do que, as raras instituições
existentes, atuavam pautadas em uma concepção médico-pedagógica.
Omote
(1999) afirma que paralelo ao crescimento da rede privada a partir da década de
70 do século XX, houve uma expansão de
ofertas aos alunos com necessidades educacionais especiais em classes
especiais, salas de recursos, unidades de ensino itinerante. Contudo, tais
serviços serviram mais para atender à demanda de alunos vitimados pelo fracasso
escolar do ensino comum, do que propriamente para oportunizar acesso aos alunos
com necessidades educacionais que estavam fora da escola.
A
Educação Especial passou a exercer, um duplo papel, atendendo por um lado à
democratização do ensino, na medida em que ampliava as oportunidades
educacionais para a clientela que não se beneficiava dos processos educacionais
regulares. Por outro lado, ela também respondia por um processo de segregação
da criança considerada diferente, legitimava a ação seletiva da Educação
Regular, funcionando como dois subsistemas paralelos e sem ligação um com o
outro: o da Educação Comum e o da Educação Especial.
Em 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial Sobre Educação para
Todos na cidade de Jomtiem, na Tailândia, onde foram lançadas as sementes da
política de Educação Inclusiva. No entanto, o século XX terminou sem que a integração,
apoiada amplamente em diversos documentos legais, chegasse a ser concretizada
de fato, uma vez que ainda é muito grande o número de alunos em escolas
especiais e em classes especiais.
Refletindo
sobre a realidade brasileira, podemos concluir que ao implementar serviços de
Educação Especial com objetivo de atender às necessidades educacionais
especiais dos alunos com algum tipo de deficiência, acabamos nas últimas
décadas contribuindo para a exclusão do sistema regular de ensino, ainda que tenhamos iniciado a colocação de
alunos de escolas e classes especiais em classes comuns de escolas regulares,
práticas desenvolvidas são pouco avaliadas, o processo ainda se encontra aquém
do desejado.
Assim,
nos dias atuais a história da Educação Especial no Brasil está com uma página
em branco a ser construída, esperamos que esta construção seja pautada em
princípios éticos como respeito à diversidade e igualdade de direitos, tão
perseguidos pela humanidade.
Os
direitos humanos têm provocado inúmeros debates, teóricos por excelência. Nas
palavras de Bobbio (1992): “os direitos
humanos são direitos históricos que emergem gradualmente das lutas que o homem trava por sua própria emancipação e
das transformações das condições de vida que essas lutas produzem (p.5)”.
O
grande desafio é, portanto, identificar o modo mais seguro de lutar pela
cidadania, para evitar que, apesar dos direitos constarem solenemente dos
discursos, continuem sendo violados na prática.
Em
todos os países, a legislação tem sido vista como o meio mais importante para
acabar com a discriminação da sociedade, visando a inserção social, educacional
e profissional de todos os cidadãos. Porém, sabemos que os direitos
explicitados nas leis, nem sempre são efetivados e, muitas vezes, não haveria a
necessidade de tantas leis específicas para determinadas populações, se as leis
comuns a todas as pessoas da sociedade fossem cumpridas plenamente.
Finalizamos
o segundo milênio e adentramos o terceiro com o discurso da inclusão em
evidência, movimento este, mais discutido dentre todos os outros na Educação
Especial, atingiu a pauta da Educação Regular em todos os níveis de ensino, e
diversas experiências despontam-se no país como promissoras.
Sensibilizando para as diferenças
Parece
mentira, mas em pleno século XXI ainda existe muita falta de informação e mitos
sobre as pessoas com de deficiência. A política atual prevê a inclusão
educacional do aluno com necessidades educacionais especiais, amparada por
Documentos Legais como LDB nº 9.394 (Brasil, 1996), Diretrizes Nacionais para a
Educação Básica (Brasil, 2001) e outras . Assim é muito importante que todos os
professores conheçam informações básicas sobre as deficiências visando
minimizar os preconceitos. O desconhecimento e o conseqüente medo por parte das
pessoas são obstáculos às situações em que as pessoas com deficiência possam
conviver com as demais.
Informar os professores do ensino comum sobre
quem e quantas são as pessoas com deficiência; quais os tipos, características
e causas mais comuns das deficiências,
possibilidades de prevenção, o amparo legal, constitui-se o primeiro
passo no processo de inclusão educacional.
Na verdade, embora haja
alunos com deficiência que de fato necessitem de escolas especiais, a maioria
tem condição de ser atendida em escolas ou classes comuns.
No entanto, sabemos que as
experiências de inclusão de alunos com deficiência no ensino comum são
incipientes e merecem reflexões e planejamento no processo de implantação e,
além disso, o envolvimento de todos os profissionais é imprescindível.
“A assimilação de novos
conceitos e novas informações, objetivando mudanças de conteúdos e atitudes,
está atrelada ao cognitivo quanto ao
emocional das pessoas. Culturalmente pessoas
com deficiência despertam sentimentos como medo, raiva, pena, repulsa.”(Brasil
s/d p.9). Tais emoções estão ligadas ao desconhecimento e idéias
preconcebidas. A melhor maneira de resolver estas questões é deixar que estes
sentimentos aflorem e sejam trabalhados. Diversos procedimentos e atividades
podem ser realizados no sistema educacional, visando minimizar os preconceitos
e a construção de uma escola inclusiva.
O planejamento e execução
de políticas para enfrentar as desigualdades sociais e democratizar o acesso a
bens e serviços públicos requer a construção de espaços comuns e articulados
entre as várias instâncias da administração pública. (PRIETO,2001).
Todavia o poder público deveria coordenar o
processo de diagnóstico da realidade local, com vistas à elaboração de plano
com objetivos a curto, médio e longo prazos, na direção da implementação
gradativa e fundamentada técnico-cientificamente do processo de construção da
inclusão.
Mapear
a comunidade escolar.
A
efetivação de uma sociedade inclusiva requer determinadas condições como
seriedade política, envolvimento de todos, formação prévia e continuada do professor, manutenção
de sistema de suporte didático-pedagógico para o professor, diminuição do
número de alunos por sala de aula e outras.
Cada
Secretaria de Educação Municipal, Diretoria de Ensino e ou escola deveria
realizar um levantamento das crianças com necessidades educacionais especiais
que já são atendidas, quais os tipos de deficiência, identificando assim o
perfil de seu alunado e o conjunto das necessidades educacionais especiais nele
presente. Outra etapa seria identificar quais as dificuldades que os
professores estariam encontrando e por fim desenvolver estudos pilotos que
possam resultar em conhecimento acerca de que práticas e procedimentos melhor
atenderão às suas peculiaridades, necessidades e possibilidades.
O
poder público deveria coordenar este processo diagnóstico da realidade local,
com vistas à elaboração de planos com objetivos a curto, médio e longo prazo,
na direção da implementação gradativa e fundamentada técnico-cientificamente do
processo de construção da inclusão (ARANHA, 2000).
Quando o resultado do
levantamento realizado apresentar ausência ou um número muito menor que 10% da
população de alunos, a que se investigar
o paradeiro destes alunos, pois ainda é possível encontrar algum aluno com
deficiência fora da escola.
Diversos documentos como,
por exemplo, Artigo 2º- da Resolução
95/2000 do Estado de São Paulo indicando que após este levantamento os novos alunos com
deficiência deveriam ter sua matrícula inicial no ensino Fundamental
primeiramente na classe comum, podendo estes se necessário contar com os
serviços da educação especial e legalmente só deveria ser encaminhado para o
ensino especial depois de esgotadas todas as possibilidades de adaptação curricular
no ensino comum. O mesmo deve ocorrer na Educação Infantil, conforme
determinado nos Referenciais da Educação Infantil, (BRASIL,1998).
Não
usar a imposição.
Para as novas matriculas é
indicado que a inclusão na classe comum não ocorra pela força da lei, mas sim
pelo respeito e aceitação das diferenças. Então, sempre que possível é
importante escolher a professora que se mostrou aberta. Não que isto signifique
um incentivo para que professores amparados neste princípio recusem alunos em
suas salas, mas sim por respeito ao tempo de cada um.
Discutir
com os alunos e com os pais.
É importante iniciar o
diálogo levantando no grupo todo o conhecimento que têm sobre pessoas com
deficiência. Quem conhece alguém com deficiência? Quem é essa pessoa? Que tipos
de sentimentos ela desperta? Questionar sobre como seria conviver com esta
pessoa na escola? Quais seriam as trocas? Enfatizar as diferenças entre as
pessoas e que estas diferenças não tornam um ou outro superior ou inferior.
Convidar os pais para
trocas de experiências e ou encontros com profissionais especializados, para
discutir o processo de ensino aprendizagem de todas as crianças,
desenvolvimento humano, regras e limites, necessidades e peculiaridades de cada
aluno. Pensar em ações envolvendo a participação da comunidade e o
estabelecimento de parcerias.
Atividades
e dinâmicas que sensibilizam
As atividades de
sensibilização envolvem dois conjuntos: vivências emocionais das deficiências e
reflexão sobre o assunto podem ser realizadas com crianças e adultos, cada uma
delas pode ser adaptada de acordo com a realidade de cada escola. A
criatividade deve imperar neste processo. A fim de não causar constrangimentos
a participação deve ser voluntária, mas é importante seduzir os participantes
enfatizando a colaboração. Depois de cada atividade o momento da partilha dos
sentimentos e emoções configura-se em um momento tão enriquecedor quanto o da
própria atividade. A seguir descreveremos sugestões de atividades para
professores e alunos, sugeridas pelo Ministério da Educação.(BRASIL, s/d) que
foram vivenciadas no mini-curso.
Adivinhando
o que é e para que serve
Colocar em uma cesta ou
caixa objetos do cotidiano, com diferentes texturas, cheiros, formas e juntar
objetos específicos de pessoas com deficiência, como, por exemplo, um aparelho
auditivo, lupa, assinador, reglete (objeto para escrever em braille), bengala,
livros em braille e outros. Pedir para um grupo de alunos com os olhos vedados
ir explorando os objetos e em seguida descrever dizendo o que é, e para que
serve. Os demais alunos observam. Quando terminar os objetos peça para o grupo
tirar as vendas e mostre para todos, reforçando a importância de cada um para
nós, bem como a importância de um objeto específico para pessoas com
deferência. A proximidade com os equipamentos que não em uso possibilita o
toque, sanando assim muita curiosidade, que é natural, pela não familiaridade,
permitindo assim nos próximos contatos com uma pessoa que usa um equipamento
diferente “antes estranho” passe a ser o centro e não o objeto como antes.
(BRASIL, s/d).
O
guia e o cego
Dividir a turma em duplas
e em um primeiro momento é vedado os olhos de um e depois trocar de posição
vedando os olhos do outro. Solicitar que os alunos saiam da sala caminhem pelo
local que se encontram, se possível subir e descer escada, beber água, se
alimentar, usar o banheiro e outras atividades. Não orientar sobre a forma de
conduzir. Depois do momento da partilha questionar o que foi mais fácil, ser
guia ou ser guiado. Informar a forma adequada de se guiar, a importância de se
descrever completamente o ambiente, de chamar a pessoa cega pelo nome quando
for lhe pedir algo, de comentar as pessoas que se encontram no ambiente, quando
qualquer situação é alterada, etc. A atividade pode ser enriquecida com
simulação do uso de bengala longa (que pode ser substituída pelo guarda-chuva)
para realizar atividades de orientação e mobilidade com pessoas que tem
deficiência visual. Lembrando que em cada atividade é interessante deixar
algumas pessoas anotando o desenvolvimento para partilhar as reflexões tiradas
da observação. (BRASIL, s/d).
Sentindo
algumas limitações
Propor que um grupo de
alunos coloque duas meias em cada mão, em seguida abotoe e desabotoe uma camisa vestida no seu
próprio corpo. Assim poderão sentir a frustração de não poder controlar os
movimentos. Os demais alunos observam, a atividade pode ser realizada por todos
que quiserem. Marque um tempo, (alguns não conseguirão fazer a atividade em 5
minutos). Forme grupos de discussão, ou discuta com o grupo todo: Como foi
quando observou? Como foi fazer a atividade? Você achou que ia
conseguir? Você sentiu vontade de desistir de alguma coisa? Do quê? Você sentiu
vontade de rir de alguém alguma vez? Do que?
Discutir com os alunos que
a dificuldade motora que sentiram é parecido com o que sentem as pessoas com
paralisia cerebral. Para elas é muito difícil relaxar os músculos. Pode se aproveitar
este momento para refletir que em nossa vida muitas vezes ficamos diante de
dificuldades, como seria ser observado quando estamos com dificuldade para
realizar alguma coisa.
A paralisia cerebral
também pode comprometer a fala, para os alunos sentirem o que falar e não ser
compreendido e escutar e não compreender, propor que alguns alunos leiam poesias ou histórias
curtas com a língua presa no “céu da boca”. Nesta atividade o riso é
inevitável.Fazer as mesmas reflexões da atividade anterior. Lembrar que a
convivência do dia-a-dia facilita a comunicação, todavia às vezes que não foi
possível o entendimento pedir para a pessoa repetir novamente.
Propor em horário de
refeições “lanches” que alguns alunos com as mãos imobilizadas se alimentem,
explicando que podem pedir ajuda se sentirem necessidade. Esta atividade
permite a sensação de impossibilidade diante de algumas atividades, permite uma
reflexão de quais estratégias ou adaptações seriam necessárias para a execução
da atividade e como seria precisar de ajuda para atividades simples como
colocar suco no copo e tomar, passar patê em uma torrada e comer.
Outra atividade que
propicia a vivência de uma limitação é pedir para os alunos assistam a um
programa de televisão ou tentem entender o que alguém está lendo, mas sem o
som. As discussões possibilitariam reflexões sobre como se sentem as pessoas
com deficiência auditiva e o quanto que as imagens são importantes para o
entendimento da situação (BRASIL, s/d).
A
inclusão é um processo mundial apresentado para a nossa sociedade, envolvendo
vários níveis de ação, no que se refere à sua natureza: política, administrativa
e técnica, e como tal, "deve ser
paulatinamente conquistada" (CARVALHO,1997).
A
capacidade de se colocar no lugar do outro se constitui em uma tarefa muito
difícil, mas através dela a possibilidade de respeitar as diferenças do outro e
conviver melhor com as suas próprias diferenças aumenta muito.
Geralmente o discurso de todos ligados a Educação é de que a
inclusão é correta, e um direito. Todavia, para a efetivação há determinadas
condições como seriedade política, envolvimento de todos, “capacitação prévia e
continuada do professor, manutenção de sistema de suporte didático-pedagógico
para o professor, máximo de 25 alunos por sala de aula (para classes
inclusivas), identificar modelos de trabalho de parceria entre professor do
ensino regular e o educador especial e identificar modelos de inclusão (direta
e inversa)”.(SÃO PAULO, 2001, p.16).
Desta
maneira, concluímos que os objetivos do mini-curso foram plenamente atingidos,
pois a partir de algumas informações e da sensibilização sementes foram plantadas
para a construção de uma escola mais inclusiva, que sem dúvida é um processo lento, que exige mudanças profundas,
assim temos que rever nossas posturas e paradigmas internos...Isso é difícil ?
Realmente é ! São grandes transformações.....desde o currículo escolar,
metodologias, infra - estrutura física, um trabalho anterior de sensibilização
com a equipe técnica, com o objetivo de localizar profissionais disponíveis
para esse processo, bem como os pais, a fim de promover um trabalho em parceria
.
A partir daí, quem
sabe surgirão outros caminhos possíveis, vislumbrando uma nova
sociedade...bem melhor, mais solidária e mais humana.
A escola como um ambiente inclusivo
A
escola, para se transformar em um ambiente inclusivo, há que repensar seu papel
de instituição burocrática, que apenas cumpre normas pré determinadas pelos
órgão centrais. Portanto necessita se
transformar em um lugar de decisões partilhadas, respondendo aos desafios que
se apresentam. tal, deve transformar-se
num espaço de decisão, ajustando-se ao seu contesto real e respondendo aos
desafios que se apresentam. A escola é
vista como um lugar comum a todos, contudo para esta afirmação se concretizar é
necessário garantir além do acesso o sucesso de cada aluno.
Portanto,
o que se deseja, na realidade, é a construção de uma sociedade inclusiva
compromissada com a maioria e, neste grupo, estão todas as pessoas com e sem
necessidades educacionais especiais.
Contudo
Mendes (2001) enfatiza que a mera inserção na classe comum não garante a
permanência e sucesso dos alunos. É importante considerarmos que riscos
existem, que cada situação deve ser analisada sempre considerando todas as
variáveis.
Acreditamos
que não se trata de eliminar sistemas de ensino, mas sim flexibilizar mais o
uso das diferentes modalidades, de forma a garantir melhor o acesso ao
conhecimento a todos os alunos. Todos os alunos precisam de educação de boa
qualidade e essa deve ser a nossa meta.
A
maioria dos professores com uma formação deficitária, sentem-se despreparados
para tal empreitada, muitos não tem domínio de como o aluno se desenvolve, de
como se dá o processo de ensino aprendizagem, de práticas que contemplem a diversidade
e o respeito às diferenças.
Ainda
assim, vislumbramos possibilidades de melhorar este quadro que ocorre. As
escolas devem manter abertas suas portas a todas as pessoas, com um projeto
pedagógico que respeite as diferenças, que tenha a idéia da unidade na
diversidade. Não pode haver democracia e segregação, pois uma nega a outra. Nem
se pode esquecer o tempero "alegria", na realidade escolar. Em geral
as escolas não promovem o saber com alegria, a aquisição de conhecimentos é
quase sempre pautada em cumprir tarefas.
A escola deve promover o desenvolvimento físico, cognitivo,
afetivo, moral e social de todos os alunos, ao mesmo tempo em que deve
facilitar-lhes a integração na sociedade como membros ativos.
Concordamos com Carvalho (2000), quando afirma que mudanças
são necessárias para se garantir êxito em propostas inclusivas. Há necessidade
de mapear a situação real da população com necessidades educacionais especiais,
para poder traçar metas a curto, médio e longo prazo.
No âmbito interno da escola consideramos que algumas ações
favoreceriam o sucesso da aprendizagem de todos os alunos. As ações que
apresentam sucessos em sistemas inclusivos mostram que é imprescindível
alterações em suas práticas passando desde diminuição do número de alunos por classe,
aprendizado cooperativo, elaboração de projeto pedagógico, plano individual de
ensino, melhoria da formação profissional, valorização do magistério, apoios
centrados na classe comum e não via suplementação, com uma pedagogia centrada na criança baseada em suas
habilidades e não em suas deficiências, e que incorpore conceitos como
interdisciplinaridade, individualização, colaboração e
conscientização/sensibilização.
Stainback e Stainback
(1999) enfatizam as seguintes ações para se criar uma comunidade de aprendizes: contrato social, estabelecimento de um
clima de aprendizagem positiva; transmitir/comunicar que a sala de aula é um
ambiente seguro e pacífico; propiciar ambiente voltado para objetivos
acadêmicos, utilizando várias estratégias de ensino; tomar decisões quanto a
alocação e gerenciamento do tempo e ritmo da atividade.
O currículo deve servir
apenas como roteiro para os professores e tal roteiro deve ser flexível e
modificado de acordo com as aprendizagens individuais. As avaliações são
direcionadoras para a tomada de decisões educacionais e planejamento de ensino.
Há necessidade de avaliação inicial (interesses, motivações, potencialidades,
necessidades acadêmicas, habilidades, etc.). O ensinar é determinado pelas
potencialidades e carências individuais (STAINBACK e STAINBACK, 1999).
O Ensino
em Multiníveis é outra estratégia que deve ser planejada
individualmente para o aluno e pode incluir:
·
O ensino do
mesmo currículo, mas em nível menos complexo;
·
O ensino do
mesmo currículo, mas com uma aplicação funcional às rotinas diárias;
·
O ensino do
mesmo currículo, mas com redução dos padrões de desempenho;
·
O ensino do
mesmo currículo, mas em um ritmo mais lento;
·
O ensino de
um currículo diferente ou substituto (STAINBACK e STAINBACK, 1999).
Isto
assumido, preconiza-se que a homogeneização dê lugar à individualização do
ensino, no qual os objetivos, seqüência de conteúdos, processo avaliativo,
temporalidade e organização do trabalho contemplem os diferentes ritmos e
habilidades dos alunos, favorecendo seu desenvolvimento e a sua aprendizagem.
Grandes
são as implicações desse redirecionamento, quando se pensa nas conseqüências
práticas por ele impostas à vida educacional do aluno com necessidades
especiais e sua relação com o meio sócio-cultural em que se encontra.
A prática da
avaliação da aprendizagem no cotidiano escolar deve apontar para a busca do
melhor para cada educando, por isso é deve ser diagnóstica, e não voltada para
a seleção de uns poucos, como ainda se apresenta em diversos sistema escolares.
Neste sentido uma avaliação inclusiva é aquela
que é um instrumento para o ensino adaptativo, isto é, uma avaliação que
facilita e promove a diversificação e a flexibilização das formas de ajuda
educativa que os distintos alunos recebem ao longo de seu processo de
aprendizagem.
Para isso, uma avaliação
inclusiva prioriza a função pedagógica da avaliação, ou seja, a utilização da
avaliação para melhorar as atividades de ensino e de aprendizagem em relação à
sua função social, isto é, a sua utilização para declarar publicamente o nível
das aprendizagens realizadas pelos alunos. Portanto, uma avaliação inclusiva
vincula, estreitamente, a avaliação da aprendizagem dos alunos à avaliação dos
processos de ensino e de aprendizagem.
Quanto ao ensino, uma
avaliação inclusiva tem o objetivo de facilitar para o professor, a adoção de
decisões fundamentadas de adaptação do ensino, tanto no seu planejamento,
quanto no seu desenvolvimento. Em relação à aprendizagem, uma avaliação
inclusiva tem como objetivo que os alunos sejam capazes de responder com
autonomia e responsabilidade sobre os seus processos de aprendizagem.
Uma avaliação inclusiva é
caracterizada também pelo fato de que as decisões de ordem social (habilitação,
aprovação, titulação), que são tomadas a partir dos resultados da avaliação,
mantenha a maior coerência possível com a função predominantemente pedagógica
que deve cumprir. Isso pressupõe que essas decisões sejam tomadas a partir de
um processo de coleta de informações e de critérios de avaliação coerentes com
os princípios de um ensino adaptativo.
Desta forma, parece ser um consenso internacional que a
avaliação que se quer praticar é:
a)um requisito básico para a melhoria
da qualidade de ensino, à medida que serve de feedback, tanto para professores
quanto para alunos;
b)
para os professores é uma oportunidade para refletir sobre o ensino auto
avaliando-se;
c)poder dar novos rumos ao curso;
d)
reorientando a aprendizagem;
O
importante é uma reflexão da realidade atual visando futuras transformações. As
palavras de Vasquez (1977) ilustram tal situação:
. a teoria em si não transforma o mundo. Pode contribuir
para sua transformação, mas para isto tem que sair de si mesma. Entre a teoria
e a atividade prática transformadora se insere um trabalho de educação das consciências,
de organização de meios materiais e planos concretos de ação: tudo isso como
passagem indispensável para desenvolver ações reais e efetivas. Nesse sentido,
uma teoria é prática na medida em que materializa, através de uma série de
mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da realidade ou
antecipação ideal de sua transformação (p.206-207).
A
escola existe em função do aluno. O aluno nela ingressa para se apropriar de
conhecimentos, de habilidades, para aprender a se relacionar crítica e
produtividade na sociedade. Se isto não ocorre, a escola não pode depender de
sua capacidade de se adaptar aos códigos existentes dentro dela. Essa é a
caracterização da cultura do fracasso. Essas crianças carentes social e
culturalmente são vistas como incapazes de aprender e avançar numa escola
acabada e perfeita que julgue imune à avaliação.
Podemos,
então, concluir que a escola como espaço inclusivo deve por desafio o sucesso
de todos os seus alunos, sem exceção.
Adaptação curricular para ensino
inclusivo
O primeiro
passo para a inclusão do aluno com deficiência na classe comum é a sua
matricula, mas isso não basta, é necessário que este aluno tenha acesso ao
currículo e consiga progredir na sua aprendizagem.
O
que entendemos por currículo? O enfoque adotado é o de concebê-lo como
“conjunto de experiências que a escola
põe a serviço dos alunos com o fim
de potenciar o seu desenvolvimento integral” e, ainda, “o projeto que
preside as atividades educativas escolares, define suas intenções e proporciona
diretrizes de ação adequados e úteis
para os professores”. O currículo que se pressupõem para uma escola inclusiva
não é aquele fixo, mas sim flexível e
participativo.
A incorporação de um novo paradigma
educacional que inclua a diversidade, pressupõe mudanças internas na escola, na sua organização, na
oferta de apoios específicos para professores e alunos, nos intercâmbios entre escolas, classes,
comunidade, na utilização dos recursos da comunidade, alterações estruturais e adaptações arquitetônicas,
preparação do pessoal técnico administrativo, treinamento de funcionários,
viabilização de recursos e tudo mais que seja necessário
Os
Parâmetros Curriculares Nacionais constituem referencias válidas para nortear a
educação dos alunos com necessidades especiais, ao modo de todos os demais.
Seus pressupostos, objetivos e indicações consideram questões pedagógicas
atuais e admitem a pluralidade de concepções pedagógicas e de fazer educativo
de forma a atender à diversidade dos alunos na escola e às peculiaridades de
sua cultura.
O
Ministério da Educação em 1998 produziu o documento “Adaptações Curriculares” (Brasil,
1999) - conjunto de modificações nos objetivos, conteúdos, critérios e
procedimentos de avaliação, atividades e metodologias, visando atender às
diferenças de cada aluno - para orientar
o sistema educacional em uma base curricular comum, para o processo de
construção da Educação na Diversidade.
De modo
geral, o currículo pode constituir grande obstáculo para os alunos com
necessidades educacionais especiais na escola regular, quando ele impõe uma
referência homogênea a ser alcançada por todos os educandos, independentemente
de condições particulares que possam apresentar. Com raras exceções, a
competência acadêmica é exigida para todos de forma uniforme ou inflexível,
conquanto se incentive a construção de currículos abertos, transformadores e
com novas prescrições, de modo a contemplar os que possam não corresponder à
expectativa de "normalidade" da comunidade escolar.
Os
mencionados procedimentos adaptativos aplicam‑se aos seguintes elementos
curriculares: objetivos; conteúdos; avaliação; metodologia e organização
didática; temporalidade; organização curricular.Realizam-se de acordo com as
necessidades do aluno, podendo ser dispensadas, ou aplicadas de forma mais
intensiva, a depender das demandas identificadas.
Possibilitando o acesso à
aprendizagem
Obstáculos
à aprendizagem são as barreiras que se impõem aos alunos, criando-lhes
dificuldades no aprender. Inúmeros fatores geram tais dificuldades:alguns são
intrínsecos aos alunos e outros, talvez maioria, externos a ele.
O que se
constata é que obstáculos á aprendizagem não são exclusividades dos alunos
cegos, dos surdos, dos retardados mentais, dos que têm paralisia cerebral dos
autistas, dentre outros, considerado como alunado da educação especial.
Barreiras á aprendizagem (temporárias ou permanentes) fazem parte do cotidiano
escolar de quase todos os alunos, sejam eles deficientes, com altas habilidades
ou os ditos normais.
A
possibilidade de minimizar estas barreiras passa por pensar na aprendizagem é
como um processo de crescimento e desenvolvimento para todos os alunos
independentes das individuais, seja por interesses e motivações.
Remover as
barreiras à aprendizagem pressupõe conhecer as características do processo de
aprender, bem como as características do aprendiz (o que não deve ser
confundido com o diagnostico).
Educadores
que se identificam como profissionais da aprendizagem transformam suas salas de
aula em espaços prazerosos, onde tanto eles como os alunos são cúmplices de uma
aventura que é aprender, o aprender a aprender e o aprender a pensar. O clima
das atividades favorece ações comunicativas entre esses e seus professores.
O mais
importante recurso em sala de aula deve ser o próprio aluno, que representa uma fonte rica de
experiências, de inspiração, de desafio e de apoio que, se for utilizada, pode favorecer
o processo ensino-aprendizagem.
Considerar
o centro de interesse do aluno é importante para a aula se tornar mais
motivadora. Como por exemplo a copa do mundo, como um tema a ser explorado em
todas as disciplinas, de modo interdisciplinar,
inclusive:
·
números de jogadores em campo, os que ficam na
reserva, o número de jogadores para marcação, os critérios de combinação dos
times para as oitavas de final, etc. servem para estudos em matemática;
·
as contusões sofridas por jogadores podem servir
como fonte de interesse para conhecer sistema nervoso, muscular;
·
a localização dos estádios onde se realizaram as
partidas, excelentes para despertar o interesse por geografia e história;
·
predizer acontecimentos para 2012.
Inúmeros são os exemplos
que podem ilustrar a prática pedagógica centrada na aprendizagem e que passa a
ter caráter preventivo contra possíveis obstáculos.
1. O conceito de educação para todos vai alargar
o âmbito de intervenção dos professores do ensino regular.
2. A escola regular terá de ser uma escola
inclusiva e um pólo dinamizador da resposta para cada criança ou jovem.
3. A perspectiva ecológica na atuação educacional
vai exigir uma escola aberta, em interação com o contexto em que está inserida
e a redefinição de papéis e funções do professor do ensino regular, numa
dinamização ativa de todos os intervenientes no processo educativo.
A atuação do professor, na
sala de aula, tem de ser reestruturada em função da heterogeneidade do seu
grupo/classe, no que diz respeito aos saberes já adquiridos pelos alunos, às
suas vivências, necessidades e interesses, numa perspectiva de pedagogia
diferenciada em relação ao mesmo grupo e no mesmo espaço.
Uma
nova avaliação
Considerando
o novo paradigma da Educação Especial, faz-se necessário novas reflexões para a
proposta de avaliação pedagógica no processo de aprendizagem.
O que significa avaliar?
A+valere
significa dar valor, atribuir valor ou qualidade a algo.
Na
Educação, portanto é sinônimo de sintetizar, conhecer, analisar dados de como
se deu ou se dá aprendizagem, visando tomar decisões sobre conduta discentes e
docentes, através de reorientação imediata ou subseqüentes da aprendizagem,
diferentemente do ato de medir como quantificação, verificação do produto
final.
A
avaliação educacional como processo dinâmico e permanente permite através da
análise das variáveis, de cunho individual, as que “incidem no ensino
(condições da escola, prática docente), as relacionadas às diretrizes gerais da
educação (de cunho ideológico) e as relações que se estabelecem sobre elas,
observadas no desempenho atual para incentivar o desempenho futuro.
O
insucesso da aprendizagem não pode significar problema único da criança, mas
sim resultado de outros insucessos que podem estar focados no ambiente
familiar, educacional, político e social.
O
processo diagnóstico - dia= através gnose
– conhecimento visa:
Ø
tomada de decisão
Ø
direcionamento da aprendizagem.
O
processo diagnóstico, de avaliação, constitui um conjunto de
procedimentos, para a compreensão e
análise dos “avanços e das dificuldades do aluno para progredir na sua
aprendizagem” (SÃO PAULO, 2000, p.27).
A avaliação se constrói na obtenção
e integração de um bom número de informações significativas que se pode obter
da criança, de sua dinâmica familiar, de sua escola, focada mais por critérios
do que normas, mais informal do que formal, com vistas ao conhecimento global
da criança, de como ela aprende suas dificuldades, habilidades, preferências
que estão acima de testes, para tanto há necessidade de mudança na concepção de
ensino, aprendizagem e de avaliação da aprendizagem.
Deve-se iniciar o processo de
avaliação pautado em dois eixos: Horizontal
® histórico da visão do
presente, “aqui, agora”, Vertical ® histórico do passado, da construção do sujeito.
Como contribuição a autora coloca
alguns indicadores para a equipe escolar ao avaliar uma criança: observação,
entrevista com os pais, avaliação psicomotora, observação do desenho, utilizar
estratégias lúdicas para a avaliação
pedagógica e atividade de leitura e escrita.
Por meio da evolução da brincadeira
e do desenho, da análise das atividades e da leitura e escrita, podemos conhecer
como se dá sua estruturação mental, sua organização frente ao meio, sua
flexibilidade, sua relação com a leitura e escrita, seus progressos e
dificuldades.
O novo olhar para a
avaliação não deve ser um procedimento
decisório quanto à aprovação ou reprovação do aluno, mas sim um procedimento pedagógico pelo qual se verifica
continuamente o progresso da aprendizagem e se decide, se necessário, sobre os
meios de recuperação ou reforço. (...) Mudanças na avaliação devem envolver um
novo paradigma na relação professor-aluno, vista como urna relação de apoio e
parceria.(...) necessário, que os
professores possam construir coletivamente novas formas de trabalho docente,
partindo para uma avaliação formativa, capaz de colocar à disposição do
professor e da equipe escolar informações mais precisas, mais qualitativas,
sobre o processo de aprendizagem dos alunos. A avaliação tem portanto, seu sentido ampliado, de alavanca do
progresso do aluno e não mais como um mero instrumento de seletividade. Ela
adquire um sentido comparativo do antes e do depois da ação do professor, da
valorização dos avanços, por pequenos que sejam, em diversas dimensões, do
desenvolvimento do aluno, perdendo, assim, seu sentido de faca de corte. A
avaliação se amplia pela postura de valorização de indícios que revelem o
desenvolvimento dos alunos, sob qualquer ângulo, nos conhecimentos, nas formas
de se expressar, nas formas de pensar, de se relacionar, de realizar atividades
diversas, nas iniciativas (SÃO PAULO, 2000, p.I5)”.
Considerações finais
Acreditamos que não são os especialistas e nem os
métodos exclusivos que garantirão aos alunos com déficits mentais a
possibilidade de se integrarem a escola comum, mas um esforço efetivo, visando
capacitar os professores para o trabalharem com diferenças e diversidades.
A inclusão depende de professores que entendam que o
processo de conhecimento é tão importante quanto seu produto final. Concluímos
destacamos alguns sintomas que escolas que buscam a qualidade de ensino
apresentam, como por exemplo: reconhecimento e valorização da diversidade, como
elemento natural e enriquecedor do processo escolar; professores conscientes do
modo como atuam, para promover a aprendizagem de todos os alunos; cooperação
entre os implicados no processo educativo dentro e fora da escola;
valorização do processo sobre o produto da aprendizagem e tempo para
aprender.
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